Bullying intelectual
A violência na escola ultrapassou os problemas das salas de aula, da direção, e alçou voos extrapolando os muros do estabelecimento educacional, já não sendo vista como brincadeira isolada de criança, mas, sim, um dilema social. O vitimizador é um não ser, mas ainda não se deu conta de que é ele um problema, não consegue ser por si só e se satisfaz em causar dor e angústia a outrem que ele não consegue ser. Salvo melhor juízo, todo vitimizador é vítima de excesso: por falta de afeto ou de limite, é alguém que também sofre violência, quer em casa, na rua, ou porque não possui amor próprio. Pode ser, também, que esteja cercado pela crueldade e a pratique pelo fato de sua vida não ter outro sentido.
Há outra maneira de bullying não menos relevante: o intelectual, quer seja, o dano praticado por alguns alunos em aula, que prejudica a compreensão dos conteúdos em decorrência de conversas paralelas e da falta de respeito. Gritar com os alunos não é a saída, pois o grito é a expressão da loucura. Retirar da sala, sem que ocorra a conscientização do ato praticado, também não resolve. Chamar os pais muitas vezes é tarefa árdua, uma vez que muitos veem seus filhos como inocentes incapazes de realizar algo errado. Alguns pais nem comparecem na escola quando convocados.
Em muitos estabelecimentos educacionais, os docentes perdem parte significativa da aula tentando fazer com que seus alunos parem com as brincadeiras de mau gosto. Muitos saem com dor de cabeça, frustrados pelo tempo que deixaram de aprender. Alguns perdem o desejo de ir às aulas, são agredidos verbalmente ou ameaçados por serem “nerd” (pessoas que estudam e participam), ou pelo menos tentam. Outros são humilhados porque possuem alguma dificuldade na compreensão. Os professores saem depressivos e alguns abandonam a profissão, e a sociedade reclama pela falta deles, mas pouco ou nada é feito para proporcionar um ambiente sadio para todos.
Deve-se tentar resolver a situação na escola, com os pais e, quando essa restar inexitosa, chamar o Conselho Tutelar. Acredita-se que os alunos que se sentirem lesados pelos distúrbios no aprendizado poderão ingressar com ação indenizatória por dano intelectual, a qual é uma inovação, quem sabe, com a obrigação de ressarcir financeiramente o dano. Em qualquer lugar deve haver respeito. Por que o descaso na escola? Ela é um local de prazer, saber e de trabalho que está sendo desrespeitado e desvalorizado. Tais atitudes causam dano de monta não só aos que deixam de aprender, mas à própria sociedade, que perde a possibilidade de ter cidadãos mais críticos e capazes de serem líderes de si mesmos.
Advogada e professora da Ulbra
Há outra maneira de bullying não menos relevante: o intelectual, quer seja, o dano praticado por alguns alunos em aula, que prejudica a compreensão dos conteúdos em decorrência de conversas paralelas e da falta de respeito. Gritar com os alunos não é a saída, pois o grito é a expressão da loucura. Retirar da sala, sem que ocorra a conscientização do ato praticado, também não resolve. Chamar os pais muitas vezes é tarefa árdua, uma vez que muitos veem seus filhos como inocentes incapazes de realizar algo errado. Alguns pais nem comparecem na escola quando convocados.
Em muitos estabelecimentos educacionais, os docentes perdem parte significativa da aula tentando fazer com que seus alunos parem com as brincadeiras de mau gosto. Muitos saem com dor de cabeça, frustrados pelo tempo que deixaram de aprender. Alguns perdem o desejo de ir às aulas, são agredidos verbalmente ou ameaçados por serem “nerd” (pessoas que estudam e participam), ou pelo menos tentam. Outros são humilhados porque possuem alguma dificuldade na compreensão. Os professores saem depressivos e alguns abandonam a profissão, e a sociedade reclama pela falta deles, mas pouco ou nada é feito para proporcionar um ambiente sadio para todos.
Deve-se tentar resolver a situação na escola, com os pais e, quando essa restar inexitosa, chamar o Conselho Tutelar. Acredita-se que os alunos que se sentirem lesados pelos distúrbios no aprendizado poderão ingressar com ação indenizatória por dano intelectual, a qual é uma inovação, quem sabe, com a obrigação de ressarcir financeiramente o dano. Em qualquer lugar deve haver respeito. Por que o descaso na escola? Ela é um local de prazer, saber e de trabalho que está sendo desrespeitado e desvalorizado. Tais atitudes causam dano de monta não só aos que deixam de aprender, mas à própria sociedade, que perde a possibilidade de ter cidadãos mais críticos e capazes de serem líderes de si mesmos.
Advogada e professora da Ulbra
SILVIA LOPES DA LUZ
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